"Into the Wild", "O Lado Selvagem" entre nós, é, apesar dos 6 meses que já passaram após a estreia do filme nas nossas salas, e do livro de Jon Krakauer estar nas bancas faz muito tempo (com reedição em 2008), a história do momento. Baseado na vida real de Chris McCandless, um jovem de vinte e dois anos que, ao terminar a faculdade, doou todo o seu dinheiro a uma instituição de caridade e partiu em busca de uma experiência pura e genuína que excedesse o materialismo do quotidiano. A história centra-se nessa viagem e na vontade, para alguns lírica e até irresponsável, de viver exclusivamente daquilo que a natureza tem para oferecer. Mas centrando o comentário no filme, realizado pelo carismático Sean Penn, é clara a intenção em revelar esta ideologia de Alex Supertramp (identidade que Chris entretanto escolheu para esta "viagem"), um jovem que considera a sua existência, bem como a atitude dos Pais, como hipócrita, afastando-se de tudo o que pudesse simbolizar o materialismo. Há uma intensa procura de um verdadeiro "eu", uma intenção filosófica em encontrar a sua essência, a sua natureza, enfim, a sua felicidade num contexto puramente selvagem, o Alasca. Destaco a narrativa envolvente, a fotografia, os cenários e as paisagens. E claro, a música. Com a autoria de Eddie Vedder, a banda sonora é enquadrada no filme de forma perfeita, sendo que, isoladamente as músicas são de indubitável qualidade.
Fica a critica do especialista João Lopes publicada a 6 de Fevereiro no DN:
"Baseando-se na história verídica de um jovem que, no começo da década de 90, decide abandonar a vida urbana e rumar ao Alaska, Sean Penn propõe, em «O Lado Selvagem», um retorno inesperado e comovente ao espírito "on the road" do grande cinema clássico americano. O resultado é uma saga fascinante sobre o (im)possível regresso à Natureza. Com um excelente Emile Hirsch no papel principal."
Fica a recomendação.
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